terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A pequena órfã encontrou o pássaro azul!



Hoje, perdemos a eterna garotinha do cinema mundial, Shirley Temple. Ela faleceu, aos 85 anos, em sua casa na Califórnia. Mas imagem de todos é a da garotinha de cachinhos curtos e de carinha sapeca. Em 1935, aos seis anos, Shirley ganhou o primeiro “baby” Oscar. A mini estatueta foi, especialmente criado pra ela, já que naquele tempo crianças não competiam com adultos.

A pequena estrela fez 43 filmes ao longo de sua carreira, entre eles: “A Pequena Órfã”, “A Princesinha” e “Heidi”. Durante a década de 1930, seus filmes bateram vários recordes de bilheteria. O sucesso foi tanto que a garotinha era acompanhada por um agente do governo federal americano aonde quer que fosse.

Em 1960, Shirley ganhou sua estrela na calçada da fama. Em 2006, o Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG) prestou uma homenagem à atriz pelo conjunto de sua obra. Além disso, Segundo o American Film Institute, Shirley Temple é umas das 50 grandes lendas do cinema.

Não vi todos os filmes da pequena-grande estrela, mas um especial marcou minha infância: O Pássaro Azul (1940). As aventuras vividas pelos irmãos, Mityl (Shirley Temple) e Tityl (Johnny Russell) em busca do pássaro azul, que traria a felicidade para eles, me encantaram muitas vezes. A viagem ao passado e ao futuro, a visita à Terra da Fatura e as lições aprendidas eram emocionantes. Nessa aventura, eles foram acompanhados pelo medroso cão Tylo (Eddie Collins) e pela terrível gata Tylete (Gale Sondergaard) e orientados pela linda Fada Luz (Helen Ericson). Shirley Temple fez uma chatinha e fofa Mityl que aprende a ser feliz com o que tem.


Que ela descanse em paz e agradeço pelo ‘Pássaro Azul’!!! 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

NÓS E NOSSA DIFICULDADE DE DIZER ADEUS


"Eu fiz o que eu vim fazer." (Julianne Potter)
"Você os separou?" (George Downes)
"Não, eu me despedi..." (Julianne Potter) 


Ontem, assisti pela 999999° vez ao “O Casamento do Meu Melhor Amigo”.  Precisava relaxar a cabeça e nada melhor que um filme que a gente ama, né?  Mas, além disso, é sempre bom ver um filme mais de uma vez.  A gente observa muita coisa que havia passado despercebida ou, simplesmente, certas cenas e diálogos nos tocam de forma diferente. E foi bem isso que aconteceu comigo.

De repente, aquele diálogo acima me chamou a atenção e fiquei com uma perguntinha me cutucando: SERÁ QUE ME DESPEDI do que precisava? E você se despediu de suas histórias???  Será que a gente sabe fazer isso ou temos o péssimo hábito de ficar cultivando lembranças e pensamentos que SÓ ocupam um importante espaço do nosso HD emocional?  

Bom, para quem não viu o filme, Julianne Potter (personagem de Julia Roberts) corre atrás do seu melhor amigo, que vai se casar e quem ela acredita ser o homem da sua vida. Ela faz de tudo pra acabar com aquele casamento até... Até perceber que a única coisa possível de ser feita é DESPEDIR-SE e deixar o ‘cara ideal’ ser feliz com a outra que ele escolheu.

Ela foi atrás dele acreditando que eles nasceram um para o outro e que a Kym  (noiva e personagem da linda Cameron Diaz) é uma intrusa e não tem nada a ver com seu ‘objeto do desejo’. E não é bem isso que fazemos também?? Adoramos criar sinais ‘divinos’ e vamos alimentando falsas ilusões em relação a nossas histórias e nossos amores e NUNCA percebemos a hora certa de dar ADEUS!!

Ficamos alimentando essas ilusões, mágoas, lembranças sempre com a intenção de que vai acontecer uma sessão REVIVAL e falaremos tudo que ficamos remoendo nesse tempo todo. Ah, mas o melhor, é que ACREDITAMOS piamente que vai acontecer do jeitinho imaginado.

Tsc tsc...

Mas sabe o que acontece de verdade quando não damos ADEUS a tudo que não nos serve mais? A vida passa e novas oportunidades não chegam. É isso aí, para chegar o novo é preciso ter espaço. HD emocional lotado não vai comportar mais nenhuma informação, arquivo ou emoções novos. Temos que nos despedir e caminhar para o novo.

Claro, se despedir não é apagar sua história e muito menos sua memória. Se despedir é só não permitir gastar mais nenhum tipo de energia com emoções, pessoas, coisas que não nos servem mais.  É seguir para frente e deixar se surpreender pelo novo...

Então, vá lá e faça o que precisa ser feito: SE DESPEÇA!! Eu já comecei! ;)

O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997)
As peripécias de Julianne Potter (Julia Roberts) para acabar com casamento de seu querido Michael (Dermot Mulroney) com a linda Kimberly Wallace (Cameron Diaz) foi um grande sucesso no final da década de 1990. É dos papéis mais carismáticos e importantes de Julia Roberts.  Mas, vale destacar os outros três atores que fizeram do filme um grande sucesso: Dermot Mulroney (Michael, o noivo), Cameron Diaz (Kimberly, a noiva) e Rupert Everett (George, o amigo gay). É de Rupert o crédito por uma das melhores cenas de comédias românticas já feitas. Vai me dizer que você nunca cantou “I say Little prayer for you” na cena do restaurante??
O Casamento do Meu Melhor Amigo foi dirigido por P.J. Hogan, responsável por outros sucessos como “O casamento de Muriel” (1994) e “Delírios de Consumo de Becky Blomm” (2008). O filme foi indicado a melhor trilha sonora no Oscar 1998; e recebeu outras três indicações ao Globo de Ouro (melhor filme, melhor atriz – Julia Roberts e melhor ator coadjuvante – Rupert Everett).