Este blog tem o propósito de ser um espaço para se falar sobre cinema. Dedico este blog à minha mãe, que me ensinou a gostar de filmes com seus faroestes; à Eliara, por ter me levado ao cinema pela primeira vez; ao SR. Fernando, por conhecer tanto cinema; e a Ataídes Braga que me ensinou muito sobre cinema num dos cursos que fiz.
Hoje, perdemos a eterna garotinha do cinema mundial, Shirley
Temple. Ela faleceu, aos 85 anos, em sua casa na Califórnia. Mas imagem de
todos é a da garotinha de cachinhos curtos e de carinha sapeca. Em 1935, aos
seis anos, Shirley ganhou o primeiro “baby” Oscar. A mini estatueta foi, especialmente
criado pra ela, já que naquele tempo crianças não competiam com adultos.
A pequena estrela fez 43 filmes ao longo de sua carreira,
entre eles: “A Pequena Órfã”, “A Princesinha” e “Heidi”. Durante a década de
1930, seus filmes bateram vários recordes de bilheteria. O sucesso foi tanto
que a garotinha era acompanhada por um agente do governo federal americano aonde
quer que fosse.
Em 1960, Shirley ganhou sua estrela na calçada da fama. Em 2006,
o Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG) prestou uma homenagem à atriz pelo
conjunto de sua obra. Além disso, Segundo o American Film Institute, Shirley
Temple é umas das 50 grandes lendas do cinema.
Não vi todos os filmes da pequena-grande estrela, mas um
especial marcou minha infância: O Pássaro Azul (1940). As aventuras vividas
pelos irmãos, Mityl (Shirley Temple) e Tityl (Johnny Russell) em busca do pássaro azul, que traria a
felicidade para eles, me encantaram muitas vezes. A viagem ao passado e ao
futuro, a visita à Terra da Fatura e as lições aprendidas eram emocionantes.
Nessa aventura, eles foram acompanhados pelo medroso cão Tylo (Eddie Collins) e pela terrível gata
Tylete (Gale Sondergaard) e orientados
pela linda Fada Luz (Helen Ericson). Shirley Temple fez uma chatinha e fofa Mityl
que aprende a ser feliz com o que tem.
Que ela descanse em paz e agradeço pelo ‘Pássaro Azul’!!!
"Eu fiz o que eu vim fazer." (Julianne
Potter)
"Você os separou?" (George Downes)
"Não, eu me despedi..." (Julianne Potter)
Ontem, assisti pela 999999° vez ao “O Casamento do Meu
Melhor Amigo”. Precisava relaxar a
cabeça e nada melhor que um filme que a gente ama, né? Mas, além disso, é sempre bom ver um filme
mais de uma vez. A gente observa muita
coisa que havia passado despercebida ou, simplesmente, certas cenas e diálogos
nos tocam de forma diferente. E foi bem isso que aconteceu comigo.
De repente, aquele diálogo acima me chamou a atenção e
fiquei com uma perguntinha me cutucando: SERÁ QUE ME DESPEDI do que precisava?
E você se despediu de suas histórias???
Será que a gente sabe fazer isso ou temos o péssimo hábito de ficar cultivando
lembranças e pensamentos que SÓ ocupam um importante espaço do nosso HD
emocional?
Bom, para quem não viu o filme, Julianne Potter
(personagem de Julia Roberts) corre atrás do seu melhor amigo, que vai se casar
e quem ela acredita ser o homem da sua vida. Ela faz de tudo pra acabar com
aquele casamento até... Até perceber que a única coisa possível de ser feita é DESPEDIR-SE
e deixar o ‘cara ideal’ ser feliz com a outra que ele escolheu.
Ela foi atrás dele acreditando que eles nasceram um para
o outro e que a Kym (noiva e personagem
da linda Cameron Diaz) é uma intrusa e não tem nada a ver com seu ‘objeto do
desejo’. E não é bem isso que fazemos também?? Adoramos criar sinais ‘divinos’
e vamos alimentando falsas ilusões em relação a nossas histórias e nossos amores
e NUNCA percebemos a hora certa de dar ADEUS!!
Ficamos alimentando essas ilusões, mágoas, lembranças
sempre com a intenção de que vai acontecer uma sessãoREVIVAL e falaremos tudo
que ficamos remoendo nesse tempo todo. Ah, mas o melhor, é que ACREDITAMOS
piamente que vai acontecer do jeitinho imaginado.
Tsc tsc...
Mas sabe o que acontece de verdade quando não damos ADEUS
a tudo que não nos serve mais? A vida passa e novas oportunidades não chegam. É
isso aí, para chegar o novo é preciso ter espaço. HD emocional lotado não vai
comportar mais nenhuma informação, arquivo ou emoções novos. Temos que nos
despedir e caminhar para o novo.
Claro, se despedir não é apagar sua história e muito
menos sua memória. Se despedir é só não permitir gastar mais nenhum tipo de
energia com emoções, pessoas, coisas que não nos servem mais. É seguir para frente e deixar se surpreender
pelo novo...
Então, vá lá e faça o que precisa ser feito: SE DESPEÇA!!
Eu já comecei! ;)
O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997)
As peripécias de Julianne Potter (Julia Roberts) para
acabar com casamento de seu querido Michael (Dermot Mulroney) com a linda
Kimberly Wallace (Cameron Diaz) foi um grande sucesso no final da década de
1990. É dos papéis mais carismáticos e importantes de Julia Roberts. Mas, vale destacar os outros três atores que
fizeram do filme um grande sucesso: Dermot Mulroney (Michael, o noivo), Cameron
Diaz (Kimberly, a noiva) e Rupert Everett (George, o amigo gay). É de Rupert o
crédito por uma das melhores cenas de comédias românticas já feitas. Vai me
dizer que você nunca cantou “I say Little prayer for you” na cena do
restaurante??
O Casamento do Meu Melhor Amigo foi dirigido por
P.J. Hogan, responsável por outros sucessos como “O casamento de Muriel” (1994)
e “Delírios de Consumo de Becky Blomm” (2008). O filme foi indicado a melhor
trilha sonora no Oscar 1998; e recebeu outras três indicações ao Globo de Ouro (melhor filme, melhor atriz –
Julia Roberts e melhor ator coadjuvante – Rupert Everett).